Caloroso acolhimento na Baixa da Banheira
Como muito se pode fazer
20 de Janeiro de 2016
Na Baixa da Banheira, onde trocou cumprimentos e simpatia mesmo com quem estava mais afastado do percurso da arruada, Edgar Silva assinalou as tradições de luta e resistência e as «histórias de vida sobre o muito que se pode e deve fazer por Portugal».
Mais de uma centena de apoiantes acompanharam, com bandeiras e palavras de ordem e distribuindo folhetos da candidatura, a passagem do candidato, num permanente ziguezague, do café para a cabeleireira, da loja de roupa para a ourivesaria, para junto daqueles reformados ali, no jardim, para dar um beijinho à jovem mãe que logo contou que a filha Vera, ao colo, «já foi à Festa do Avante!». Com muita atenção a quem o cumprimentava, perguntando o nome ou apenas «dá-me licença que a cumprimente», Edgar Silva foi lembrando que o que faz mesmo falta é votar, no domingo, e convencer mais e mais amigos e conhecidos.
Quando perguntava «posso contar consigo», quase sempre obtinha por resposta expressões como «o meu é certo» ou mesmo «garantidíssimo, e levo mais uns quantos comigo». Ouviu desejar «boa sorte a si e ao País» e retribuiu, com emoção, quando uma senhora o abraçou e lhe disse «Deus o proteja».
Numa breve paragem, para responder a perguntas dos jornalistas, voltou a lembrar que não é de agora o seu combate contra privilégios que não devem estar associados ao desempenho de cargos públicos, como as subvenções vitalícias, esta semana trazidas à actualidade. Em 1996, quando foi eleito deputado independente pela CDU na Assembleia Legislativa Regional da Madeira, «a minha primeira proposta de diploma foi para acabar com privilégios vergonhosos e com a promiscuidade entre a causa pública e os interesses e negócios privados», contou Edgar Silva.
No final desta autêntica manifestação de apoio e apelo ao voto, que durou cerca de uma hora e atravessou a parte sul da vila operária, o candidato saudou «os homens e as mulheres desta terra de Abril». Antes tinham falado a mandatária concelhia, Vivina Nunes, e Rui Garcia, presidente da Câmara Municipal da Moita. Edgar realçou que, do passado antifascista e das conquistas da democracia, compareceram ali pessoas com «histórias de vida, sobre o muito que se pode e deve fazer em Portugal», a comprovar que «os direitos sociais têm que ser terreno de progresso».
O candidato a PR renovou o apelo a «esclarecer, informar, mobilizar» para o voto, sublinhando «o papel indispensável e insubstituível de cada um de vós», para firmar a confiança em que «Abril vai triunfar».