Edgar Silva

Edgar Silva - Presidenciais 2016

Um homem justo para Presidente

Contacta com trabalhadores em Alverca e Palmela

Edgar Silva reclama justiça social

18 de Janeiro de 2016

Na segunda-feira, à porta da OGMA, em Alverca, e na Sociedade Filarmónica Humanitária Palmelense, em Palmela, Edgar Silva assumiu o compromisso de construção da justiça social, uma componente central da sua candidatura.

«A construção da justiça social requer uma intervenção sobre aqueles que são os mecanismos geradores de tanta desigualdade, pobreza e miséria. Um dos pilares que precisa de ser alterado é o do trabalho, para que a equidade social possa acontecer na sociedade portuguesa», defendeu o candidato, durante uma acção de contacto com os trabalhadores da OGMA-Indústria Aeronáutica de Portugal, empresa entretanto privatizada e que tem em curso uma reestruturação que pode implicar o despedimento de 200 dos 1600 trabalhadores.

Edgar Silva, em declarações aos jornalistas, advogou uma «acção transformadora que toque os alicerces da justiça», facto que o distingue de outras candidaturas. «Não basta reconhecer que existe pobreza em Portugal e identificar o problema das desigualdades, é preciso identificar as razões e as causas», apontou, frisando que o Presidente da República, «não tendo poderes de governo, tem que agir, para que na sociedade portuguesa não se fique, como tantas vezes aconteceu, pelo constatar de que existem milhões de pobres em Portugal». «O papel do Presidente da República é decisivo para apontar metas concretas para a erradicação da pobreza, no sentido de exigir que compromissos concretos sejam capazes de concretização, para que novas políticas garantam a inversão», acrescentou.

Interrogado sobre as exigências da troika, com 18 pontos de estrangulamento do investimento empresarial, o candidato sublinhou que «o interesse dos portugueses deve prevalecer». «Já é tempo de acabar com tamanha subserviência», afirmou, manifestando esperança que «este tempo seja um tempo novo, feito de uma outra atitude do Estado na defesa de Portugal, dos portugueses e das portuguesas».

«Mas estas medidas, com a flexibilização dos despedimentos, são motivos de veto?», voltaram a questionar. «Tudo quanto procure vulnerabilizar vínculos de trabalho, tudo quanto atente contra direitos, liberdades e garantias dos trabalhadores e das trabalhadoras em Portugal não contará com o meu apoio e não hesitarei, se presidente for, a utilizar todos os poderes, inclusive o veto, para impedir que sejam roubados direitos a quem trabalha», acentuou.
No final de acção, uma trabalhadora da OGMA, madeirense, dirigiu-se ao candidato para lhe dizer que podia contar com o seu voto.

Palmela

Antes, Edgar Silva participou num almoço com mais de 200 trabalhadores das autarquias do concelho de Palmela. Na sua intervenção, lembrou que em Portugal mais de três milhões de pessoas vivem em situação de pobreza. Destes, 40 por cento são trabalhadores. «Isto é um escândalo», alertou, referindo que «se não tocarmos na raiz da desigualdade, não venceremos o desígnio da justiça social em Portugal».

Quase a terminar, apelou à «intervenção e contributo de cada um», sobretudo «no esclarecimento e mobilização», para que «esta candidatura, que é também do trabalho e dos trabalhadores, possa garantir, no dia 24 de Janeiro, que os valores de Abril possam ser reconquistados».

Na iniciativa participaram ainda José Pereira e Margarida Botelho, respectivamente do Comité Central e da Comissão Política do PCP, Casimiro Amores e Silviana Silva, da comissão de apoio à candidatura, Álvaro Amaro, presidente da Câmara de Palmela, Fernando Bião, presidente da Junta de Freguesia de Palmela, e Ana Teresa Vicente, mandatária concelhia.

Nesta que é a última semana de campanha eleitoral, a caravana de Edgar Silva estará de novo, na quarta-feira, 20, na região de Setúbal, com duas arruadas, na Baixa da Banheira e Seixal, e com um grande comício, juntamente com Jerónimo de Sousa, Secretário-Geral do PCP, na Academia Almadense, às 21 horas.