Edgar Silva em São Miguel
Em democracia, é o povo quem elege
29 de Novembro de 2015
Edgar Silva afirmou este domingo, num almoço em Ponta Delgada com dezenas de apoiantes, que cabe ao povo decidir quem elege.
Edgar Silva afirmou este domingo, num almoço em Ponta Delgada com dezenas de apoiantes, que cabe ao povo decidir quem elege.
Apesar de ser anunciada, durante meses a fio, a manutenção das mesmas políticas de direita – de preferência com os mesmos executantes – como se fosse um miserável fatalismo, o que se abriu foi um tempo de esperança e de possibilidade real de recuperação de direitos. O afastamento do PSD/CDS-PP do governo é consequência dos resultados eleitorais, e agora que estes foram remetidos para a oposição revelaram que só aceitam os resultados das eleições quando estes lhes são favoráveis!
A nova composição da Assembleia da República conseguiu provar no imediato ser uma mudança com consequências, como se verificou na reversão das alterações da anterior maioria PSD/CDS-PP à lei da Interrupção Voluntária da Gravidez. Estas alterações da direita foram um verdadeiro atraso civilizacional, que apenas pretenderam a humilhação da mulher. Tratou-se de um ajuste de contas da direita mais reaccionária, que viu afinal as suas intenções furadas, e que poderá ver muitas mais vezes de igual forma noutras matérias.
Edgar Silva declarou que este tempo de esperança não pode dar lugar à espera. Exige antes que cada um lute pelos seus interesses, pelas suas aspirações, e não fique à espera que os justos direitos que merece lhe caiam no colo. Todas as conquistas que se conseguirem nesta legislatura serão o resultado da luta que o povo e os trabalhadores desenvolverem. E as conquistas conseguidas desde Outubro terão de ter nas Presidenciais de Janeiro a sua continuação natural!
Em democracia, é o povo quem elege. Não era assim no tempo do fascismo, como afirmou o candidato - apesar de haverem eleições, o seu resultado já era conhecido... E mal seria se a actual situação política não contribuísse para derrotar novamente a direita. Tentando iludir o povo, a candidatura da direita e do grande capital recorre a todos os métodos para ganhar as eleições. Passa-se por quem não é e é anunciado quase diariamente como candidato já eleito.
Marcelo Rebelo de Sousa diz-se agora não se identificar com Cavaco Silva – mas está no Conselho de Estado escolhido pelo Presidente da República. Não se identifica com o PSD – mas já foi seu presidente. Não é de direita nem de esquerda – parece até ser superior a estas classificações! A verdade é que este candidato está animado das ideias mais reaccionárias que por aí andam. E será, na presidência da república, a continuação natural de Cavaco Silva, um feroz apoio à política de direita e uma força de bloqueio a uma política de esquerda.
A campanha que está no terreno tenta transparecer que as eleições já têm garantido o resultado que interessa ao capital – não fosse ele quem domina a comunicação social, que nos bombardeia com estas "notícias". Mas mesmo com todas as sondagens, reportagens e promoções de uma candidatura – em detrimento de outras e, muito em particular, desta nossa candidatura – há uma vitória que não conseguem obter. É que vão ter de ir a eleições, porque cabe ao povo eleger.
Como os trabalhadores bem sabem, é preciso que o Presidente da República tenha um firme compromisso com a Constituição da República, com Abril, com o progresso e o futuro dos trabalhadores, do povo e do país. E esse compromisso só esta candidatura transporta. Dirigindo-se aos seus apoiantes, Edgar Silva desafiou cada um a ser o portador deste compromisso, afirmá-lo e lutar por um resultado nas eleições que seja um sinal de mudança e de esperança num futuro que queremos melhor. Se assim for, um outro rumo, progressista e de esquerda, será possível!
Do programa do candidato constou ainda uma reunião com a Casa da Madeira e uma visita à fábrica de chá Gorreana.