Comício de abertura encheu Pavilhão Rosa Mota, no Porto
Por um Portugal com futuro
10 de Janeiro de 2016
«Aqui estamos por um Portugal com futuro», clamou Edgar Silva em ambiente de entusiasmo, quase no final do comício de abertura da campanha eleitoral da sua candidatura, que no domingo, 10, encheu o Pavilhão Rosa Mota, no Porto. Apelou a todos que se ergam pela liberdade, a democracia e a igualdade, por Abril, e insistiu: «Tomemos nas nossas mãos a construção de um Portugal com futuro.»
Na sua intervenção, Edgar Silva salientou a «intensa acção de esclarecimento e mobilização», o «intenso percurso construído», em que, sem dissimulações, a sua candidatura afirmou quem era e ao que andava: afirmando o valor destas eleições, o compromisso com a defesa da Constituição e os valores de Abril, o propósito de travar o caminho ao candidato da direita, recusando vitórias antecipadas.
A chegada ao comício de abertura é inseparável de uma estrada percorrida e feita de contacto directo com a realidade nacional, sublinhou, antes de dar múltiplos exemplos dos contactos mantidos com trabalhadores, populações, empresas e instituições. Neste contexto, afirmou que foi possível à sua candidatura confirmar como o País possui recursos, saberes e potencialidades para assegurar o desenvolvimento de um Portugal soberano.
«Esta é a candidatura dos que não se resignam a um País empobrecido», afirmou, prosseguindo com a enumeração de outras marcas que a distinguem: a dos que não se conformam com a alienação de parcelas da soberania nacional, a dos que não aceitam a ditadura dos eurocratas, a dos que não desistem de edificar em Portugal uma democracia avançada.
Marcelo será derrotado
Quanto ao candidato da direita, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou que será derrotado, pese embora a enxurrada de comentários, inquéritos e sondagens a apontar para «determinismos e fatalismos», e por mais que o próprio disfarce os seus apoios e proclame a sua independência. Edgar Silva disse ainda que «já se sabia que Passos, Portas e Cavaco» iam juntar os votos «no caldeirão de Marcelo»; agora, ficou-se a saber que Durão Barroso – o do abraço a Bush na agressão ao Iraque, o que, na Comissão Europeia se uniu a Merkel para esmagar os interesses nacionais – vê em Marcelo o modelo perfeito de presidente.
Dia 24 terão a resposta
Os trabalhadores, os democratas, os patriotas, todos os portugueses que não querem ver o seu voto misturado com o os de Portas, Passos, Cavaco ou Durão irão votar e contribuir para a derrota do seu candidato, afirmou Edgar Silva, que reafirmou a todos que podem contar com a sua intervenção, enquanto Presidente da República, na defesa da justiça social, da recuperação dos direitos, do direito à educação, à cultura e à saúde. No dia 24, «com o voto de cada um e de todos, daremos força à nossa candidatura», disse.
Alegria e entusiasmo
Como destacou Olga Dias, que apresentou o comício juntamente com Cândido Mota, o Pavilhão Rosa Mota encheu-se com a cor, a alegria e o entusiasmo de todos os que quiseram apoiar uma candidatura que tem vindo a crescer. A ajudar à festa, estiveram também os momentos culturais que precederam as outras intervenções da tarde, fortemente aplaudidas: Jerónimo de Sousa, Secretário-geral do PCP, Heloísa Apolónia, do Partido Ecologista «Os Verdes», Valdemar Madureira, mandatário da candidatura no distrito do Porto, e Sara Alves, membro da Associação de Estudantes da Escola Superior de Educação do Porto.