Edgar Silva - Presidenciais 2016

Esta não foi a primeira e seguramente não será a última vez que Edgar Silva dedica a jornada ao contacto directo com os trabalhadores. O facto corrobora as afirmações do candidato, para quem a defesa dos direitos laborais e a valorização do Trabalho são não apenas componentes indissociáveis do desenvolvimento do País, mas um «pilar fundamental» da sua candidatura. Simultaneamente, são compromissos que a distinguem das demais que concorrem à Presidência da República.

Nesse sentido, Edgar Silva sublinhou ainda que, ao contrário do que acontece noutras, na sua candidatura o Trabalho e os trabalhadores não são «uma nota de rodapé», não se mantêm reservas mentais quanto a qualquer capitulo da Constituição, e designadamente quanto à defesa do Trabalho e dos trabalhadores. O que foi, aliás, foi reconhecido pelas operárias e operários com quem esteve.

Primeiro na Fico Cables, acompanhado do coordenador do SITE-Norte, Luís Pinto, e, posteriormente, por duas delegadas do sindicato na empresa de componentes eléctricos para a indústria automóvel. De sorriso aberto, afável e pronto a ouvir e a esclarecer, Edgar Silva aproveitou a troca de turno para meter conversa e deixar em mão um documento da sua candidatura. «Sorte só não chega. Temos de fazer por isso», lembrou a um trabalhador que antes de passar o torniquete retorquiu: «Portugal merece. Nós merecemos». Um outro, por seu lado, de saída, assegurou:«vamos ganhar, vamos ganhar».

Mas ali na Fico Cables a maioria são operárias, sujeitas a longas horas de um trabalho repetitivo que lhes desgasta e destrói os tecidos, deixando-as, não raras vezes, com marcas irreversíveis. Trabalho quase sem pausas e por pouco salário. Daí que a recepção a Edgar Silva, apoiado pelo PCP, tenha sido não apenas calorosa, mas mais um momento com aqueles que sempre têm estado, estão e continuarão a estar ao seu lado. Do lado dos trabalhadores. E por isso o candidato foi «o Edgar», beijado com gostos antes de «entrar ao serviço». Ou saudado, lá de longe porque assim obrigava o ponto já picado, com garantias de votos e sentidos incentivos - «Edgar, Edgar».

Fazer a diferença

Depois da Fico Cables, a comitiva de Edgar Silva rumou à Sakthi, situada cerca de meio quilómetro. A distância entre o que se passa numa e noutra fábrica não se mede, porém, em metros, mas em direitos e rendimentos. Isto ficámos a saber através do responsável do SITE-Norte, Luís Pinto, que antes de acompanhar Edgar Silva na visita à unidade produtiva, explicou que tudo o que ali foi conquistado resulta da unidade e da luta dos trabalhadores.

Cenário semelhante denotou-se na Continental-Mabor, onde a acção reivindicativa e a resistência têm feito a diferença. O mesmo pede Edgar Silva – que os trabalhadores votem a seu favor para que Abril não fique à porta das empresas e locais de trabalho.