Edgar Silva - Presidenciais 2016

Acompanhado do mandatário regional António Mendonça, de vários dirigentes do Partido e outros activistas da candidatura, Edgar Silva percorreu alguns dos concelhos da região algarvia – Faro, Olhão, Albufeira e Lagos -, em acções de contacto com as populações e que trataram temas tão diversos como as potencialidades produtivas da região, o ambiente, as opções urbanísticas e de desenvolvimento, os problemas da pobreza, do desemprego e da exclusão social. A jornada terminou em Faro, num grande jantar comício que reuniu mais de 250 apoiantes da candidatura.

Durante a manhã, Edgar Silva encontrou-se, primeiro em Faro e depois em Olhão, com a Associação Vivmar e a Cooperativa Formosa, que representam largas centenas de viveiristas e mariscadores da Ria Formosa. Nestes encontros sublinhou-se o facto de estarmos perante uma política de abandono da Ria Formosa, com sucessivos adiamentos no investimento quer em dragagens quer no tratamento das águas. A poluição é o problema principal, ao qual acresce a crescente tentativa de limitação da sua actividade e que é inseparável da crescente pressão exercida para abrir campo à exploração destes recursos por parte de empresas estrangeiras. A Ria Formosa é o maior produtor de bivalves do país. Esta foi uma oportunidade para sublinhar o compromisso da candidatura com a defesa dos interesses e da produção nacional.

Por volta das 15 horas, Edgar Silva deslocou-se à Baixa de Albufeira, para uma acção de contacto com os comerciantes e restante população atingidos pela intempérie do dia 1 de Novembro. Aí verificou-se que Albufeira tem estado sujeita a uma crescente pressão urbanística, com a edificação em leito de cheia e impermeabilização de solos e para as quais o Partido foi alertando ao longo dos anos. Dezenas de comerciantes viram as suas lojas destruídas em poucas horas, uma consequência directa do modelo de desenvolvimento imposto a esta região – com forte especulação imobiliária - a revelar as suas fragilidades. A baixa da Albufeira é, deste ponto de vista, uma bomba relógio. Verificou-se ainda que uma grande parte dos comerciantes atingidos não tinham seguros contra este tipo de eventualidades, ou havendo, a maioria das seguradoras não cobre o conjunto dos danos. A autarquia requereu o Estado de Calamidade Pública reivindicação que Edgar Silva acompanhou. A comitiva foi recebida com respeito e interesse, sendo que Edgar Silva apelou à luta para que os apoios públicos anunciados não fiquem na gaveta, mas também, à necessidade de corrigir opções urbanísticas que diminuam os riscos que aqui se verificaram.

No final da tarde, Edgar Silva deslocou.-se a uma das maiores IPSS do Barlavento algarvio. Que conta com mais de 200 trabalhadores e cerca de 700 jovens e crianças nas suas escolas e instalações - creche, jardim de infância, internato, cantina social, etc. No encontro realizado foi incontornável o impacto da crise e das políticas de exploração e empobrecimento impostas nos últimos anos, seja nas crianças, seja nas suas famílias. Edgar Silva, ao mesmo tempo que valorizou o empenhamento destas instituições e dos seus trabalhadores no apoio às crianças, sublinhou ainda a necessidade de uma outra política que respeite e defenda os direitos das crianças, a sua dignidade e condições de vida de acordo com a CRP.

A jornada desse dia terminou em Faro, num restaurante que ficou à cunha com mais de 250 activistas que participaram nesse jantar de apoio à candidatura. Depois de António Mendonça, mandatário distrital ter valorizado a biografia do candidato e denunciado o papel do “algarvio” Cavaco Silva contra o povo e o país, Edgar Silva encerrou o jantar com uma intervenção onde deu nota dos traços mais marcantes da visita ao Algarve, mas também, da urgente necessidade de colocar na Presidência da República quem esteja comprometido com o juramento de cumprir e fazer cumprir a Constituição. No dia em que o actual Presidente tinha recebido ao longo do dia 7 banqueiros, prosseguindo uma estratégia de degradação da vida democrática do país, Edgar Silva denunciou aquilo a permanente submissão de Cavaco aos interesses dos especuladores e agiotas. A noite terminou com um forte apelo à mobilização de todos e cada um na campanha eleitoral que se avizinha.