Comício na Academia Almadense
Edgar, para que Abril vença
20 de Janeiro de 2016
«Quem, senão a nossa candidatura, defende os direitos à saúde, à educação e à segurança social? Quem, senão nós, garantirá plenamente a Constituição laboral e os direitos, liberdades e garantias dos trabalhadores portugueses? Que candidatura que não a nossa assume a afirmação soberana do nosso País?», questionou Edgar Silva no comício de Almada, que culminou uma intensa e frutuosa jornada de campanha pelo distrito de Setúbal.
Perante uma entusiástica e numerosa plateia (que transbordou o imenso salão da centenária Academia Almadense), o candidato apelou a que ninguém vote «pela metade», num qualquer «mal menor». Não, frisou, o voto é um «bem maior» e deve ser motivado pela adesão a um ideal e a um projecto. Por isso, para que Abril vença no próximo domingo, há que votar na candidatura que afirma os valores de Abril e defende por inteiro a Constituição da República Portuguesa.
Reafirmando que a candidatura que corporiza não é apenas dele, mas de um imenso colectivo militante e generoso, com história e projecto, Edgar Silva realçou a necessidade de conquistar todos os votos possíveis até domingo, para que se abra caminho a uma «profunda viragem» na política nacional, pois, garantiu, «não estamos condenados a tanta injustiça e desigualdade».
Antes, o Secretário-Geral do PCP tinha-se já referido à «habitual impaciência» verificada nas eleições presidenciais, lembrando que «não se constrói uma escada a partir do segundo degrau»: o primeiro, o imediato, é reforçar a candidatura de Edgar Silva, que não só contribui decisivamente para a derrota do candidato do PSD e do CDS, Marcelo Rebelo de Sousa, como transporta um projecto de democracia política, económica, social e cultural e de soberania nacional. Algo, lembrou, que nenhuma outra está em condições de garantir.
Sobre o candidato da direita, Jerónimo de Sousa rejeitou que se trate de um independente, como o próprio assume: «ele foi tudo e mais um par de botas no PSD», recordou. Quanto à sua apregoada vocação para árbitro, o dirigente comunista sublinhou que a Constituição não precisa de árbitros, mas de quem efectivamente a «defenda, cumpra e faça cumprir».
O presidente da Comissão Directiva da Associação Intervenção Democrática, João Corregedor da Fonseca, também colou Marcelo Rebelo de Sousa aos partidos da direita e aos «ideais e sectores mais retrógrados» da sociedade portuguesa. Quanto a Edgar Silva, realçou, é o candidato que se impõe pela seriedade e pela firmeza dos princípios que defende. O presidente da República, lembrou João Corregedor da Fonseca, não é, não pode ser apenas uma figura de retórica, como no tempo do fascismo.
No comício estiveram presentes, entre outros, a mandatária regional da candidatura, a deputada comunista Paula Santos (que apresentou a sessão), os presidentes de câmara da Península de Setúbal eleitos pela CDU, a dirigente do PEV Heloísa Apolónia e dirigentes sindicais de diversas empresas da região.