Ecologistas apoiam Edgar Silva
Guardião do ambiente
19 de Janeiro de 2016
Cerca de uma centena de ecologistas manifestaram, hoje, o seu apoio a Edgar Silva. Antes de partir para uma arruada na Parede, o candidato à Presidência recebeu daqueles um alerta ambiental que prometeu fazer ecoar em Belém.
Heloísa Apolónia, Beatriz Goulart, Cláudia Madeira, Susana Silva, João Martins e Manuela Cunha foram alguns dos ecologistas que, na manhã de terça-feira, 19, depositaram nas mãos de Edgar Silva um SOS em defesa do ambiente. A delegação escolheu a praia de Carcavelos para proceder à entrega do documento, subscrito por cerca de uma centena de ecologistas, porque devido a um projecto imobiliário aquela encontra-se ameaçada.
Na iniciativa, Manuela Cunha, dirigente do Partido Ecologista «Os Verdes», explicou que a garrafa, produzida na Marinha Grande e arrolhada com cortiça do Alentejo (uma e outra coisa simbolizando a defesa da produção nacional, aduziu), continha um texto no qual se apela a que o Presidente da República seja o «guardião da Constituição» também em matéria ambiental.
Os signatários pretendem que o próximo chefe de Estado defenda a água pública, a gestão soberana e sustentável dos rios, das águas territoriais e dos recursos marinhos; salvaguarde o ordenamento e coesão do território; zele por uma agricultura multifacetada e livre de organismos geneticamente modificados; combata a eucaliptização da floresta; defenda os transportes públicos e o direito à mobilidade, nomeadamente pela aposta na ferrovia; estimule medidas de adaptação das cidades aos fenómenos climáticos.
Edgar Silva, por seu lado, considerou os ecologistas uma «vanguarda» com a qual «um Presidente tem de andar de braço dado». O candidato partiu, depois, para uma arruada na baixa da Parede, também no concelho de Cascais, onde durante uma hora recebeu o apreço generalizado, retribuindo com incentivos a que no dia 24 o voto seja certeiro.
Talvez inspirado pela iniciativa anterior em Carcavelos, Edgar Silva lembrou que as sementes de esperança podem resistir ao «cilindro do poder». Mas para derrotar as aspirações do candidato da direita, de Marcelo Rebelo de Sousa, é preciso não apenas votar bem mas convencer outros a fazê-lo. Daí que a palavra de ordem nos dias que faltam seja «mobilizar, mobilizar, mobilizar», concluiu.